
ANEFAC cria área de ESG sob o comando da head Ana Paula Candeloro
A integração dos princípios de sustentabilidade, responsabilidade social e governança corporativa deixou de ser uma opção e passou a ser uma exigência para empresas que desejam se manter competitivas e resilientes no mercado global. Nesse cenário de transformação, a ANEFAC reconhece a importância de fortalecer sua atuação na área de ESG (Ambiental, Social e de Governança). Para isso, criou uma diretoria dedicada a promover uma abordagem integrada, que vá além do discurso e gere ações concretas e de impacto para o setor empresarial brasileiro, que será comandada por Ana Paula Candeloro, head de ESG da entidade.
A criação da diretoria de ESG da ANEFAC, segundo Candeloro, é uma resposta concreta ao avanço irreversível dessa agenda como vetor estratégico para organizações resilientes, lucrativas e preparadas para o futuro. Essa nova frente de atuação nasce com o propósito de integrar transversalmente os pilares ambiental, social e de governança às demais áreas de conhecimento que a entidade já lidera — finanças, contabilidade, administração, economia, capital humano, governança corporativa, tributos, startup, empreendedorismo, jurídico, diversidade, inclusão e tecnologia.
A área irá funcionar como um hub de inteligência e articulação, reunindo executivos, conselheiros, lideranças setoriais e acadêmicas para fomentar práticas consistentes, pragmáticas e de alto impacto. Ela explica que haverá frentes dedicadas à educação executiva, produção de conteúdo técnico, advocacy regulatório e suporte à implementação de programas ESG em empresas de diferentes portes, incluindo empresas de capital aberto e fechado, instituições financeiras e fundos de investimento, com atenção especial às PMEs. Além disso, a ANEFAC entende que o papel de uma associação como a nossa é ir além do debate: é oferecer caminhos, ferramentas e inspiração para a transformação real.
Candeloro reforça que a atuação da nova diretoria visa fortalecer a posição da ANEFAC na interseção entre finanças, governança e sustentabilidade, promovendo a consolidação do ESG como pauta de negócio, e não como uma agenda paralela ou voluntária. Essa iniciativa está alinhada à missão da entidade de promover o desenvolvimento técnico e ético dos profissionais brasileiros, contribuindo para o fortalecimento do setor empresarial e da economia do país.
Ela também explica que há uma urgência regulatória e de mercado que precisa ser acolhida com seriedade. Com a incorporação dos padrões do IFRS-ISSB no Brasil e a movimentação de reguladores como CVM e Bacen, o ESG está migrando da narrativa para a prestação de contas — e será cobrado em relatórios, estratégias e decisões. “A ANEFAC pretende apoiar os executivos e empresas nesse novo contexto, promovendo capacitação e curadoria de práticas que aliem compliance, performance e propósito”.
Ao falar sobre o perfil dos profissionais que busca para sua área, Candeloro destaca que a entidade pretende atrair profissionais com visão de futuro, pensamento sistêmico e forte capacidade de articulação entre negócios, sociedade e meio ambiente. “Mais do que especialistas em ESG, ela busca estrategistas capazes de traduzir complexidade em ações concretas, unindo conhecimento técnico com sensibilidade política e inteligência narrativa”.
Segundo ela, as “green skills” — habilidades verdes relacionadas à transição energética, economia circular, finanças sustentáveis, gestão de carbono, análise de materialidade e reporting integrado — serão um diferencial incontornável. Essas competências têm crescido exponencialmente, e a ANEFAC reconhece que serão fundamentais para liderar transformações de verdade, não apenas a fim de cumprir exigências regulatórias.
Candeloro também reforça que a entidade pretende atuar como uma voz influente no debate público, provocando reflexões estratégicas sobre temas como transição energética, racismo estrutural, taxonomia verde, inclusão produtiva, segurança hídrica e mudanças climáticas. Para isso, ela diz que divulgará posicionamentos, estudos técnicos, white papers, estudos de caso e indicadores confiáveis, através de seu portal, redes sociais, webinars, eventos nacionais, parcerias com mídia especializada e participação em fóruns de debate e academia.
Ela demonstra entusiasmo ao falar sobre sua liderança na área de ESG, ressaltando que seu papel vai além de uma honra: é um compromisso com a reconstrução de pontes entre o setor empresarial e a sociedade. “Enxergamos o momento como uma maturação do ESG, uma fase de consolidar o que tem base sólida e descartar o que foi apenas cosmético. A estratégia é atuar como uma provocadora, ajudando organizações a perceberem o que ainda não veem, e convidando os líderes a ocuparem, com lucidez e responsabilidade, o papel de protagonistas na transformação”.
Para Candeloro, a ANEFAC oferece a plataforma ideal para isso, e ela afirma estar pronta para atuar com coragem, clareza e determinação, sempre guiada pelo compromisso de promover uma transformação real e sustentável no setor empresarial brasileiro.
Perfil Ana Paula:
Advogada pela USP, Pós-graduação Lato Sensu em Negócios Sustentáveis e Mestrado em Liderança para a Sustentabilidade, ambos pela Universidade de Cambridge, Inglaterra. Conselheira certificada pelo IBGC. Ex-executiva de nível C e Diretora Estatutária, com experiência de 29 anos no Mercado Financeiro e de Capitais. São 11 anos de experiência com Programas ESG e 6 anos atuando no ecossistema de empreendedorismo, inovação e internacionalização.