Ativos intelectuais criam prosperidade às empresas e requerem divulgação e prestação de contas
Estudo acadêmico abaixo, preparado por Charles Holland com apoio de profissionais da XP, mostrando os ativos intangíveis (ou ativos intelectuais) em 5 de outubro de 2022 das 195 maiores
Analise de ativos intelectuais das 195 maior empresas listadas no Brasil 05102022 (1)
Na visão de Charles Holland, conselheiro da ANEFAC, hoje cerca de 90% do valor das maiores empresas listadas nos Estados Unidos é de ativos intelectuais, mas nenhuma realiza a divulgação sobre isso às partes interessadas. Diante deste cenário, ele acredita que seja importante oferecer argumento ao IASB para acelerar as atualizações necessárias das estruturas conceituais de contabilidade, incluindo ativos intelectuais, bem como abranger esse item nas Notas Explicativas das Demonstrações Financeiras Auditadas.
O mundo mudou muito nos últimos 30 anos, os ativos intelectuais representam desde 1995 a maior parte do valor das maiores empresas abertas nos EUA. O valor delas em agosto desse ano era de US$85 trilhões, só para se ter ideia talvez 60% deste montante são ativos intelectuais cerca de US$ 51 trilhões. Charles acredita que os ativos intelectuais são responsáveis pela maioria esmagadora dos novos empregos, profissões e exuberância econômica nos setores de comunicações, saúde, educação, seguros etc.
Ele cita que os ativos intelectuais são acionadores de valor que geram resultados futuros, com base em fluxos de caixa, vantagens competitivas de mercado nos processos de macro e micro, atração e retenção de talentos, políticas e práticas inspiradoras de sustentabilidade e de treinamento etc. Sendo que a melhor forma de identificar os ativos intelectuais, levando em conta a visão do empresário, é por meio de processos de vendas, produção, administração e finanças.
“Também é possível identificar e mensurar os ativos intelectuais identificando na empresa o orgulho de pertencer, inspirador e motivador, que é aplicável à GERAÇÃO DIGITAL, a capacidade continuada de inovação nos processos chaves, os aplicativos e processos geradores de vantagens competitivas, o brilho nos olhos dos colaboradores, o espírito de equipe, com espaço para NERDs, recrutamento, treinamento, acompanhamento e mentoria com campeões, o uso de aplicações de inteligência artificial, atendimento de clientes, uso de chats interativos e integração de processos de automação e de robotização”, aponta Charles.
Ainda pode ser mensurados por meio softwares inovadores de gestão, governança, etc., formas inovadoras e inspiradoras de liderança, carteira de clientes rentáveis e leal, diferenciais de qualidade e reputação, programa de conduta ética, de imagem e de responsabilidades, reputação, agilidade, eficiência e outros diferenciais competitivos de qualidade e agilidade dos processos, ESG, marcas e patentes, documentação racional de processos chaves nas quatro vertentes, comportamento, atitudes e garra – 7/24 e políticas inspiradoras de sustentabilidade.
Como metodologia de identificação de acionadores de valor dos ativos intelectuais, estipulando os indicadores chaves de performance (KPIs) estratégicos, Charles cita:
1º Benchmarking com campeões – relevantes;
2º Obter inteligência de todos os fornecedores chaves – inclui internos; e
3º Fazer plano de melhorias.
“O que traz valor às empresas é a inteligência, ou seja, os ativos intelectuais. Não há metodologia hoje ou aplicativos para obtenção de fontes externas necessárias de informações, para quantificar ativos intelectuais, mas é importante entender que os resultados das quantificações trarão confiança e credibilidade, bem a prestação de contas de resultados contábeis é excelente no Brasil e no mundo, graças ao CFC/CRCs, IASB e FASB, todavia ainda não há informações/divulgações sobre ativos intelectuais no Brasil e no mundo, hoje não podem ser contabilizados, só divulgados, mas precisamos urgentemente rever isso”, finaliza Charles.