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Contabilidade digital deve crescer impulsionada por ERP, AI e IoT

Contabilidade digital deve crescer impulsionada por ERP, AI e IoT


Em 2022, a tendência para a área contábil continua sendo a contabilidade digital. Os investimentos em tecnologia deixaram de ser opcionais para se tornarem imprescindíveis na obtenção de agilidade nos processos contábeis. Como exemplo, os “softwares” integrados Enterprise Resource Planning (ERP), que vêm evoluindo ano após ano, facilitando o trabalho do contador, principalmente no registro de documentos, e gerando tempo à realização de tarefas mais complexas, como análises.

Existe ainda, na visão de Vera Elias, vice-presidente de contabilidade da ANEFAC, a aplicação da Inteligência Artificial, uma grande aliada à contabilidade no cálculo de tributos, na realização da classificação fiscal de documentos e, até mesmo, na análise de comportamento dos indicadores de resultado. Bem como a tecnologia da Internet das Coisas (IoT), que possibilita o rastreamento de inventário sem contagem manual e, a qualquer momento, a posição atual de ativos. Além de viabilizar que um volume enorme de informações seja examinado com precisão e eficiência.

“Todas são tendências para a área contábil, mas a aplicação dessas tecnologias não se restringe ao ano de 2022. Para algumas empresas, esses elementos já foram incorporados as suas realidades. Para outras, ainda são alternativas a serem estudadas, com implantação em um futuro próximo”, diz Elias.

Além das questões tecnológicas, um grande desafio às empresas, principalmente agora no início do ano, é o planejamento estratégico adequado à área contábil. É imprescindível que todas tenham um e a contabilidade não pode ficar de fora. Sem esquecer que, em um mundo em que as mudanças acontecem tão rapidamente, é preciso ser ágil, inovador e capaz de se adaptar.

“A necessidade de evoluir e se ajustar não é novidade. Charles Darwin ao fundamentar sua teoria explicitou que: “há uma luta pela sobrevivência na natureza, mas aquele que sobrevive não é necessariamente o mais forte, e, sim, o que melhor se adapta às condições do ambiente em que vive”. Aplicando esse raciocínio ao contexto empresarial, percebe-se que, de fato, o tamanho e a força de uma corporação nem sempre são fatores que prevalecem. Enquanto empresas gigantes do passado desapareceram, outras menores foram capazes de seguir em atividade e outras ainda iniciaram negócios”, avalia Elias.

Nesse sentido, é possível verificar a importância do desenvolvimento e da prática de um planejamento estratégico capaz de se adaptar às adversidades que surgem ao longo do tempo. Como exemplo mais recente, a nova conjuntura e desafios trazidos pela pandemia de Covid-19 mostraram a necessidade do planejamento – e da contabilidade, em especial – para identificar valores disponíveis e a melhor forma de alocar recursos.

Bem como, a adoção do “home office” demandou, para a maioria das empresas, grande investimento em tecnologia e na agenda ESG (Environmental, Social and Governance). Em relação a isso, o grande desafio será mensurar os resultados e a efetividade das medidas de sustentabilidade para demonstrar aos investidores e a sociedade como um todo, por meio das demonstrações, como essas ações contribuem para gerar valor ao negócio. “Outro desafio relacionado à contabilidade, é a responsabilidade dos contadores, pois cabe a eles atribuir valor ao intangível, com o intuito de proporcionar mais transparência a mensuração das medidas associadas a ESG. As empresas vêm sendo cada vez mais cobradas para que aperfeiçoem a divulgação dos dados socioambientais, por meio de métricas financeiras e quantitativas. Deve existir uma preocupação em nunca realizar greenwashing e socialwashing”, observa Elias.

Na ANEFAC, para auxiliar os profissionais a lidar com esses desafios e tendências, será oferecido eventos com temas atuais e relevantes, ministrados por especialistas da área, altamente qualificados. O intuito é contribuir para a geração de conteúdo de qualidade, para permitir que se cumpra a pontuação de educação continuada junto ao Conselho Regional de Contabilidade, ao mesmo tempo em que aperfeiçoam e atualizam seus conhecimentos, agregando valor a sua formação.

“Os eventos serão planejados com temas atuais e questões que ainda estão em discussões. A ideia é propiciar uma qualificação que, além de aprimorar conhecimentos técnicos, evolua constantemente e seja capaz de acompanhar as sucessivas novidades e desafios que se apresentam ao longo do tempo”, finaliza Elias.