As taxas de juros das operações de crédito voltaram a ser reduzidas em março/2024, sendo a nona redução consecutiva.
Esta redução pode ser atribuída ao fato do Banco Central ter reduzido a taxa básica de juros (SELIC) em sua ultima reunião do COPOM bem como a expectativa da continuidade de redução da SELIC ns próximas reuniões do COPOM.
Pessoa Física
Das seis linhas de crédito pesquisadas, todas reduziram suas taxas de juros no mês.
A taxa de juros média geral para pessoa física apresentou uma redução de 0,04 ponto percentual no mês (0,98 ponto percentual no ano) correspondente a uma redução de 0,59% no mês (0,83% em doze meses) passando a mesma de 6,74% ao mês (118,74% ao ano) em fevereiro/2024 para 6,70% ao mês (117,76% ao ano) em março/2024 sendo esta a menor taxa de juros desde maio/2022.
Pessoa Jurídica
Das três linhas de crédito pesquisadas, todas reduziram suas taxas de juros no mês.
A taxa de juros média geral para pessoa jurídica apresentou uma redução de 0,04 ponto percentual no mês (0,72 ponto percentual no ano) correspondente a uma redução de 1,06% no mês (1,28% em doze meses) passando a mesma de 3,78% ao mês (56,09% ao ano) em fevereiro/2024 para 3,74% ao mês (55,37% ao ano) em março/2024, sendo esta a menor taxa de juros desde março/2022.
Taxa de juros x Selic
Considerando todas as elevações da taxa básica de juros (Selic) promovidas pelo Banco Central desde janeiro/2021, tivemos neste período (janeiro/2021 a março/2024) uma elevação da Selic de 8,75 pontos percentuais (elevação de 437,50%) de 2,00% ao ano em janeiro/2021 para 10,75% ao ano em março/2024.
Neste período a taxa de juros média para pessoa física apresentou uma elevação de 25,17 pontos percentuais (elevação de 27,18%) de 92,59% ao ano em janeiro/2021 para 117,76% ao ano em março/2024.
Nas operações de crédito para pessoa jurídica houve uma elevação de 14,17 pontos percentuais (elevação de 34,39%) de 41,20% ao ano em janeiro/2021 para 55,37% ao ano em março/2024.
PERSPECTIVAS PARA OS PRÓXIMOS MESES
Tendo em vista o cenário econômico com maior risco de crédito (endividamento elevado, inflação alta e seus efeitos na renda, desemprego elevado) e da elevação da inadimplência, a tendência é de que as taxas de juros das operações de crédito possam ser elevadas nos próximos meses.
Entretanto frente ao fato do Banco Central já ter iniciado o ciclo de redução da taxa básica de juros (SELIC) e ao fato de ter sinalizado com novas reduções, isto deve contribuir para a redução dos juros nas operações de crédito.
