Tributos, jurídico e agronegócio são os temas desta rodada de conversa com os heads da ANEFAC
Entre as ações para este ano na ANEFAC, Roberto Fragoso, head de tributos, explica que além do comitê tributário, iniciativa já consolidada da ANEFAC desde seus primórdios, este ano haverá pelo menos duas reuniões formais de uma hora e meia por mês: uma ligada aos temas relevantes que devem ser trazidos para os painéis, 6 diferentes; e o segundo trata do acompanhamento sobre a reforma tributária. “Com estas iniciativas e outras pontuais buscamos agregar valor para nossos associados e a comunidade em geral pela apresentação de temas tributários relevantes”, avalia. Além desta iniciativa, ele explica que serão realizadas mais quatro muito importantes:
- Prêmio Mérito tributário – este prêmio busca reconhecer o excelente esforço dos executivos tributários das empresas. A avaliação é feita pela própria empresa, sendo nosso papel o de consolidar as avaliações. Os candidatos são avaliados nos seguintes quesitos: gestão de oportunidades, de riscos, pessoas, tecnologia e informações. Além disso, eles concorrem em diversas categorias econômicas como, por exemplo, varejo, energia, agro, serviços bancários, seguradoras, tecnologia, comunicações e serviços gerais. É um prêmio onde os critérios de avaliação são transparentes ao avaliado e ao mesmo tempo revisado por auditor externo;
- Tax day – neste último ano tivemos um dia inteiro onde discutimos as melhores práticas de gestão tributária e tivemos a oportunidade de contar com mais de 25 gestores tributários de grandes empresas;
- Estudos tributários – Esta iniciativa visa conectar as academias aos executivos tributários, sejam eles de empresa, de escritórios de advocacia e de auditoria e consultoria, onde os graduandos administração, direito e contabilidade concorrerão com seus estudos publicados ao melhor estudo do semestre;
- Accounting-Tax Woman meeting – O objetivo desta iniciativa é estimular o relacionamento das mulheres que atuam nas áreas contábil e tributária. Em 2023 tivemos a oportunidade de receber mais de 10 palestrantes e mais de 50 convidadas para discutir diversos temas de interesse e pretendemos solidificar esta iniciativa para 2024; e
- Congresso Tributário – evento patrocinado pela KPMG onde discutimos as alterações relevantes em matéria tributária.
“Com relação à tendência tributária para 2024, teremos muito o que avaliar. Há diversas decisões judiciais, novas normas, reforma tributária que apontam para um aumento de complexidade e de carga tributária e isso gerará efeitos substanciais nos resultados das empresas, mercado de capitais, entre outros”, diz Fragoso.
Na área jurídica, o head Ronaldo Correa, avalia que para 2024 tem como objetivo contribuir com a ANEFAC e sua rede de relacionamentos, empresas e associados, com as atribuições inerentes às atividades jurídicas nas áreas do direito, principalmente envolvendo os temas: Trabalhista, Cível, Comércio Exterior, Administrativo, Regulatório, Sucessão Empresarial e Familiar, M&A e Investimentos internacionais. Dentre essas atribuições, apoiar os demais Heads da ANEFAC, formatar comitês técnicos para atrair novos diretores, gerar conteúdos periódicos de informação, notícias e pesquisas para a sociedade, ser o porta-voz da ANEFAC no mercado, representando-a em todos os assuntos relacionados à área jurídica, além de auxiliar nos aspectos de boas práticas de governança da ANEFAC.
Além disso, Correa pontua que o escopo da atividade é responsável por redesenhar, implementar e manter as atividades jurídicas da ANEFAC que permeiam toda as áreas de negócios empresariais, envolvendo os temas: Trabalhista, Cível, Tributário, Comércio Exterior, Administrativo, Regulatórios, Sucessão Empresarial e Familiar, interagindo com os outros diretores das demais áreas da ANEFAC, numa matriz vertical, horizontal e transversal, visando auxiliar a ANEFAC e seus associados na discussão de matérias jurídicas que afetam os negócios empresariais.
Para ele, a relevância da área jurídica para o desenvolvimento e gestão empresarial dos negócios tem sido a grande demanda dos empresários e executivos brasileiros. Assim, a economia e os negócios têm sido afetados significativamente pelo ambiente jurídico no Brasil. “Dessa forma, não só para 2024, mas para os demais anos, o objetivo e ações fundamentais para desenvolver um ambiente de negócios, atraindo investimentos, é trabalhar para que haja segurança jurídica como sustentáculo dos negócios e da economia brasileira. Os desafios são enormes nas áreas de governança, sustentabilidade, gestão de pessoas, tributária, e vão exigir das empresas maior gestão e adoção de políticas internas de gestão e controle”, explica.
Por outro lado, José Luiz Tejon, head de Inteligência de Mercado do Agronegócio, avalia que conforme reunião de planejamento, está preparando material sobre os heads para divulgar no Blog ANEFAC. Bem como ação educativa para formação de líderes e gestores compreendendo a visão sistêmica do agribusiness, dentro do escopo ‘agroconsciente’, e buscando um padrão de métricas e accountability para essa economia circular.
Quanto ao assunto tendência, ele fala das de curto prazo que serão de aperto financeiro por parte do setor que vende insumos e máquinas para produtores e destes também na venda de seus produtos pela queda das cotações, teremos recuperação judicial, atraso nas vendas dos insumos, será necessário ainda em função da crise climática suporte governamental na renegociação das dívidas dos produtores.
“Em contrapartida, o plano de conversão de 40 milhões de pastagens degradadas em cultivos modernos, os aportes de capital internacional significarão um salto para uma nova era onde o país deverá dobrar o tamanho do agronegócio nos próximos 10 anos. “A transição energética, o biogás e o crescimento industrial serão vitais para apoiar o crescimento do agro dentro da porteira. Seguro, infraestrutura, logística, diplomacia internacional mais forte, acordos bilaterais irão ocorrer”, finaliza Tejon.
