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KPMG Brasil aponta desafios e oportunidades no mercado de 2026

KPMG Brasil aponta desafios e oportunidades no mercado de 2026

Em uma análise do cenário econômico e de mercado para 2026, Jean Paraskevopoulos, sócio líder de clientes e mercados da KPMG Brasil e da América do Sul, acredita que se seguirá com um ambiente geopolítico instável, pressões econômicas significativas com taxas de juros ainda em patamares elevados e inflação persistente, em um cenário regulatório cada vez mais complexo e um ambiente de acelerada transformação digital, onde as empresas de auditoria e consultoria aprenderam a operar em um estado permanente de disrupção. E este cenário deve se manter para 2026. 

Com um pouco de cautela, ele aponta que, na KPMG, existe otimismo para 2026, com um crescimento sustentado por uma agenda de investimentos assertivos em tecnologias, inovação e talentos, onde se enxerga a volatilidade como um elemento estrutural do ambiente de negócios e não como uma anomalia temporária. 

Ele ressalta ainda a necessidade de uma agenda de transformação que mobiliza investimentos simultâneos em IA, requalificação de pessoas, governança e resiliência, com o compromisso com nossos valores e a promoção do desenvolvimento e sucesso de nossos clientes por meio da entrega de serviços com foco em qualidade e excelência. 

Neste cenário, Paraskevopoulos enfatiza a importância de áreas estratégicas: Inteligência Artificial, Capital Humano e ESG são temas-chave para a estratégia da empresa em 2026. “A Inteligência Artificial deixa de ser promessa e terreno de experimentação periférica, e passa a incorporar o centro das decisões estratégicas, permeando a grande maioria de nossas soluções de Auditoria, Tax e Advisory, bem como nossos processos internos”, afirma. 

Sobre capital humano, ele afirma que a adoção de IA depende menos da tecnologia em si e mais da capacidade da empresa de requalificar sua força de trabalho e atrair especialistas capazes de extrair valor do novo ecossistema digital. “A retenção, recapacitação e atração de talentos especializados em IA tornaram-se prioridades centrais, além do fortalecimento de alianças estratégicas com empresas de tecnologia e uso de inovação aberta na composição de nossas soluções”, pondera. 

Quando o assunto são os clientes, Paraskevopoulos traz a percepção de que os desafios não são diferentes daqueles que todos vivenciam, de tal forma que ambos estão em constante transformação, o que exige que nossas soluções tragam o melhor que podemos oferecer de nossas credenciais e capacidades locais e globais, com a força de nosso modelo multidisciplinar e profundo conhecimento setorial e aplicação de tecnologias. 

Em relação ao ESG, ele destaca que, agora com mais maturidade e amplamente tratado durante a COP30, que tivemos a oportunidade de sediar no Brasil em 2025, a agenda ESG se consolidou como um componente direto de competitividade. Ele reforça que “os principais desafios passaram a ser tratados com mais realismo e priorização”, observando que a IA “se torna um catalisador dessa agenda, apoiando qualidade de dados, monitoramento, eficiência energética e redução de emissões.” “A leitura combinada de todos esses fatores sugere que estamos diante de um ponto de maturidade importante,” conclui. 

Paraskevopoulos destaca que a disrupção deixou de assustar e passou a orientar as decisões de investimento. Em sua visão, a IA se tornou um divisor de águas. Já a recapacitação e a busca por talentos especializados ganharam status de tema geopolítico. E o ESG deixou de ser tratado como anexo para se tornar parte do core estratégico. 

Com isso em mente, ele conclui que a volatilidade deve permanecer para 2026, onde nosso direcionamento estratégico com investimentos em tecnologia e pessoas será o protagonista de nosso próximo ciclo de crescimento.